Filhotes de cães e gatos - Canil e Gatil

Criação Ecologicamente Correta

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    Border collie é uma raça canina desenvolvida na Grã-Bretanha. Criada para ser de pastoreio, essa raça é relativamente recente, com pouco mais de cem anos desde que foi estabelecido o seu padrão. 

    Classificação superior: Cachorro
    Expectativa de vida border collie petclube: de 13 a 16 anos
    Cores border collie: Preto, Vermelho-merle, Dourado, Branco, Azul, Sable Merle, Vermelho, Chocolate, Tigrado, Lilás, Sable, Fígado, Azul merle
    Personalidade border collie : Alerta, Energético, Persistente, Responsivo, Inteligente
    Altura border collie petclube: Macho: 48–56 cm, Feminino: 46–53 cm
    Peso border collie: Macho: 14–20 kg, Feminino: 12–19 kgO Border Collie é um cão cheio de particularidades!! É realmente bastante diferente da maioria dos outros cães. Basta perguntar para alguém que possui um.
    Border Collie Petclube É extremamente fiel e companheiro ao dono, muito muito carinhoso, capaz de dar atenção ao seu dono 24 horas por dia. Mas por conta disso também precisa ter atenção de volta. É realmente muito inteligente (não concordo absolutamente com o título de cão “mais inteligente do mundo” por tratar de uma visão muito simplista da inteligência dos cães), e toda essa capacidade intelectual precisa ser trabalhada. Sempre digo, não basta ter um quintal enorme e não ter atenção. É um cão que prefere morar num espaço reduzido, desde que faça atividades físicas junto ao dono, do que morar em local grande com pouca atenção. Mas é claro que aliar as duas coisas, espaço adequado e atividade, é o ideal.

    Entreterimento do Border Collie petclube
    Essa é a palavra que resume bem o que um Border Collie pode oferecer. Um cão que estará disposto a acompanhar nas mais diversas situações, desde as mais tranqüilas às mais divertidas. Passear no Shopping, no parque, fazer trilhas, conhecer lagos, cachoeiras e por aí vai… Possuem uma adaptabilidade incrível. Adoram praticar esportes!! Agility, Frisbee, Flyball, Freestyle, Pastoreio, caminhadas, corridas e o que mais a sua imaginação permitir. Gostam muito de aprender coisas diferentes, você pode ensiná-lo a fazer diversos truques e se divertir com seus amigos mostrando o que o seu cão faz.

    Adestramento do Border Collie Petclube
    É fundamental para qualquer cão. Com um adestramento bem feito (com muito carinho e diversão) o seu cão poderá mostrar o potencial que ele tem. Maximizando as qualidades e minimizando os defeitos. Lembre-se o Border Collie é muito inteligente, mas essa inteligência pode ser “usada” para aprender coisas boas e também coisas não tão boas…

    Sanidade e Manutenção
    Em geral é um cão bastante rústico, que não tem tantos problemas de saúde. Mas é claro que isso não é motivo para não ficar atento. Até porque é um cachorro que está sempre disposto a te ajudar e tem uma resistência muito grande a dor. Podem não parecer doentes quando estão, mas é claro que o olho de um dono cuidadoso é capaz de detectar isso facilmente.
    Não soltam tanto pêlo, mais nas épocas de troca. Em geral as fêmeas soltam um pouco mais, principalmente nas proximidades dos cios. Banhos podem ser bastante intervalados, não havendo a necessidade de banhos semanais ou quinzenais.

    Border Collies Petclube

    O Border Collie é um cão de trabalho, foi selecionado por suas funções e não pela beleza. Por isso vemos exemplares tão diferentes. São permitidas diversas cores, orelhas caídas ou eretas, pêlo longo ou pêlo curto, entre outras coisas. Uma única coisa muito importante com relação à aparência é com relação ao branco. O branco nunca deve ser predominante. Os acasalamentos devem ser bem planejados para que isso não aconteça, infelizmente é uma preocupação que nem todos os criadores têm, mas é sim muito importante para que não fuja de um ponto principal do padrão morfológico da raça.
    Mas o ponto mais importante é o temperamento!! Esse sim é transmitindo geneticamente e deve ser perpetuado. O Border Collie tem um temperamento ímpar. É um exímio trabalhador!! Está pronto para o trabalho 24 horas por dia.ntre as suas características naturais está a liderança. São alegres, muito ativos, perspicazes, adoram correr, pastorear e perseguir outros animais. Possui estrutura muscular própria voltada para velocidade e resistência. Os cães dessa raça usam o olhar para amedrontar e controlar as suas presas, focando e concentrando-se nelas, com uma postura feroz e intensa, sendo que esse item é uma característica física única. Os Border Collie são capazes de realizar tarefas complexas, tanto com humanos, como de forma independente.

    Além de se movimentar com a máxima desenvoltura, ao pastorear ele consegue mover-se rapidamente em posição agachada, imitando o comportamento de um felino. Os Border Collie devem ser criados em ambientes amplos, sendo que se ficarem presos podem ter comportamento muito destrutivo, podendo ficar estressado e triste, pois devido às suas características inatas apresentam comportamento inquieto, precisando muito gastar energia.

    Caso fique preso dentro de pequenos ambientes, podem roer paredes, destruir sofás, cavar buracos no quintal, transformando-se em cães barulhentos, impetuosos e entediados. Os cães dessa raça devem ser estimulados mental e fisicamente para que tenham bom relacionamento no ambiente familiar. Se assim não for e eles não focarem os seus instintos de caça em atividades, podem vir a machucar crianças, que, no seu entendimento podem significar presas. Precisam, portanto, de muito espaço e atividades.

    Como cão brincalhão e muito ativo, é ótimo condutor de rebanho, sendo que seu principal instinto é correr atrás dos animais, parecendo incansável ao juntar o rebanho e conduzi-lo de volta ao pasto. Os Border Collie podem até ser utilizados como cão de companhia, desde que se consiga uma forma adequada de fazê-lo gastar sua energia. Com pelagem moderadamente longa e lisa, possui uma variedade de cores, que inclui face e orelhas coloridas e uma faixa branca que vai do focinho até o alto da cabeça e que separa os lados direito e esquerdo da face.

    Muitos exemplares apresentam uma marcação conhecida como “pirata”, em que um lado da face do cão é colorida e a outra é branca. Pertencente ao Grupo de Cães Pastores e Boiadeiros, costuma lançar um olhar intimidador – fixo e hipnótico, enquanto agacha e aproxima-se arrastando das ovelhas.

    Com pelagem moderadamente longa e lisa, possui uma variedade de cores, que inclui face e orelhas coloridas e uma faixa branca que vai do focinho até o alto da cabeça e que separa os lados direito e esquerdo da face. Sendo um animal de porte médio, sua altura ideal adulta é 53 cm a altura da cernelha. Para dar banho nos cães dessa raça, deve ser colocado algodão em seus ouvidos, para não entrar água, o que pode dar origem a otites. Seu pelo não retém muito a sujeira.

    O adestramento do Border Collie

    Em primeiro lugar é importante ressaltar que nunca é cedo demais para adestrar um cão. Principalmente cães de raça inteligente, como o Border Collie, a adestração pode ser iniciada cedo, como aos dois meses de idade. É óbvio que os comandos a principio serão simples e nem sempre um sucesso, mas é importante o cão crescer sabendo obedecer para que no futuro não tenha dificuldade nenhuma de realizar comandos mais complexos e que requerem mais atenção.

    Além disso, outro fator importante enquanto o cão ainda é filhote, é socializá-lo. Os cães precisam saber, o mais rápido possível, que outros cães normalmente não representam ameaça e isso só será possível se ele for sociável. Essa socialização, inclusive, envolve crianças e pessoas idosas, para que o cão se acostume com essas pessoas e saiba que deve respeitá-las.

    Principalmente cães que era usados inicialmente para pastoreio, o Border Collie é uma das raças que gostam bastante de exercícios. Um cão que não têm um dono que compartilhe de seu estilo de vida, pode tornar-se um cão agressivo ou depressivo, por isso é muito importante se exercitar com o Border Collie. Fazer caminhadas, mesmo que sejam curtas, mas diárias, é importante para o relaxamento do cão. Além disso, como nessa caminha ele encontrará pessoas e outros animais, isso ajuda na sua socialização.

    Esteja certo que os comandos curtos são importantes para a adestração de cães. Comandos como sente, pare e espere, são os primeiros comandos que o cão reconhecerá e executará. Portanto, é importante ter sessões treinamentos para esses comandos, desde que sejam sessões que não envolvam muito tempo para não entediar o cão. Lembre-se que o cão gosta de exercitar-se e as sessões precisam ser movimentadas, se não fatalmente serão entediantes para eles.

    É importante estar sempre disposto a mostrar para o cão que o seu dono é seu líder, e não o contrário. Para isso, é importante mostrar para o cão que nem tudo o que ele quer é possível ou será permitido. É preciso ter limites. Isso, portanto, ajudará o cão a entender que ele não tem vontade própria e que, nada verdade, seu dono é seu chefe.

    Esteja sempre preparado para o border collie

    Muitos fracassam no adestramento de cães, normalmente por simples desmotivação. Acontece que muitos acreditam que a adestração é fácil e rápida, mas na verdade requer semanas e até meses para resultados interessantes aparecerem. Portanto, esteja sempre preparado para as coisas darem errado no começo. Isso permitirá que você não se desmotive de maneira rápida e tenha perseverança. Saiba que o cão, mesmo que de forma lenta, sempre assimilará a adestração, pois são cães muito inteligentes, principalmente o Border Collie.

  • Pelagem merle problemas e testes genéticos em padreadores e matrizes de Border Collie

     

    Border collies tem centenas de anos de criação seletiva que causaram impacto nesta raça. Altas taxas de portadores de certos distúrbios genéticos, bem como taxas mais baixas de outros distúrbios, requerem testes de DNA para prevenir a incidência da doença. Existem testes de DNA disponíveis para Border Collie como Teste MERLE, CEA, NCL e TNS. Exceto para distúrbios, os loci da cor da pelagem (locus A, locus B, locus D, locus E, locus M e locus S) também podem ser testados, o que permite a previsão da cor futura da pelagem.Cães de pelagem merle são caracterizados pela diluição de uma cor base com manchas pigmentadas aleatórias das quais ambas podem variar em pigmentação e olhos azuis com focinho despigmentado podendo estes serem parcialmente despigmentados ou não. O gene canino PMEL (SILV) é associado a transcrição de pigmento da pelagem através dos melanócitos induzido produção de melanina nas cores de coloração do espectro marrom e preto (eumelanina) ou de espectro amarelo e vermelho (feomelanina). Quando o gene PMEL se encontra em 17, originando o PMEL17, ocorre a mutação denominada pigmentação merle. Em cães normais de pelagem merle, o locus de gene merle (M) assume alelo de heterozigose dominante (Mm) que caracteriza pigmentação normal (m) e hipopigmentação (M) de eumelanina. Para cães merle dominantes (MM) a hipopigmentação completa resulta em surdez, cegueira e predisposição a neoplasias.

    Após diversas mutações, descobriu-se que o locus merle (M) possui um tipo de retrotransposon (denominado SINE) identificado como ‘DNA móvel’ que o permite se autocopiar e ocupar novos locais de seu locus, podendo aumentar sua área de transcrição com mais de 100 novos pares de bases, tal característica é responsável pela origem de diferentes tipos e variações da pelagem a depender do tamanho do SINE de M. Uma das variações são os merle crípticos e harlequin: cães com SINE pequenos não apresentam fenótipo merle apesar de possuírem genótipo, caracterizando merle crípticos. Já cães harlequin possuem os mais longos SINE de

    locus M, caracterizando maior presença de merle e, portanto, maior área de hipopigmentação. Além disso, devido à característica merle de atuação somente em eumelanina, cães de pelo vermelho ou amarelo não apresentam fenótipo merle pois este não é capaz de atuar em pelagem de feomelanina, apesar de ainda constituir gene do animal.

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    Figura 1 - Padrão de pelagem Border collie marle

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    Fonte: Doggenetics - introduction to the merle gene

    Figura 2 - Variação da pigmentação das manchas

    Fonte: Doggenetics - introduction to the merle gene
    Figura 3 - Variação da pigmentação da pelagem base

    Fonte: Doggenetics - introduction to the merle gene

    Figura 4 - A imagem abaixo demonstra como o tamanho da ocupação do gene M realiza

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    Fonte: Biomedcentral - the genetics of merle coat patterns in dogs

    2 OBJETIVOS
    2.1 Objetivo Geral

    O objetivo principal é elaborar as diretrizes básicas de um Programa de Melhoramento Genético para a raça Border Collie relacionado à coloração Merle,

    2.2 Objetivo Específico

    Explicar os genes que atuam na expressão da característica, as doenças congênitas derivadas da pelagem e a integração do pedigree baseado nos métodos de seleção com uso de marcadores de DNA (exames).

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    3 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

    Para evitar o nascimento de um cão duplo merle/síndrome do duplo merle, deve ser levado em conta no cruzamento o tipo de pelagem dos pais:

    O cruzamento de dois cães de pelagem merle saudáveis terá como resultado 50% dos filhotes com pelagem merle e saudáveis (Mm), 25% com pelagem lisa (mm) e também 25% da ninhada com a síndrome do duplo merle (MM) com problemas de saúde.

    O cruzamento de cão merle com um cão de pelagem lisa, originará 50% dos filhotes merle (Mm), e os outros 50% de pelagem lisa (mm). Todos os filhotes deste cruzamento serão saudáveis.

    Sendo assim, um critério de seleção é o não cruzamento de dois cães Merles, e sim um merle e outro de pelagem lisa onde teremos 50% da ninhada merle e 50% de pelagem lisa, todos saudáveis para estas anomalias.

    Outro critério a ser levado em conta é o excesso de branco em um cão de qualquer cor, por ser um sinal de advertência potencial para problemas auditivos. Se não houver pigmento no ouvido interno, o cão será surdo; orelhas brancas são os sinais mais comuns da falta de pigmento no ouvido interno. De qualquer forma, brancos fora das áreas padronizadas, desqualificam a conformação do cão.

    Mais um fator a ser considerado na seleção é a existência do merle “críptico” (“fantasma” ou “oculto”), quando um cão que geneticamente é merle, mas que não apresenta aparência de merle. A proporção de merle é tão reduzida que se torna imperceptível, oculto por marcas brancas. Um cão que apresenta merle muito reduzido, não obstante visível, como uma orelha azul, não é um merle críptico, mas sim, um merle mínimo, sendo verdadeiros merles crípticos raros. Como esses animais têm uma combinação genética que oculta a manifestação da cor marmorizada, mas o gene está lá, a única forma de descobri-los é através de exames de DNA, o teste genético para o gene Merle auxilia a evitar cruzamentos entre animais portadores.

    Apesar de todos os cuidados com os critérios de seleção, ainda existe a possibilidade de uma mutação nova, que ocorre quando o pai e mãe não possuem o merle, mas no momento da produção do espermatozóide ou do óvulo, um gameta é formado com uma mutação nova. Se este gameta é utilizado na fecundação, o filhote terá todas as suas células com mutação. Ou seja, era uma mutação que, por não existir na geração anterior, não pode ser chamada de herdada.

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    4 FERRAMENTAS DE SELEÇÃO

    Como visto, o Merle é um padrão de pelagem de característica ou efeito “marmorizado”, sendo esse o gene autossômico “M” de dominância incompleta que ocasiona esse tipo de pelagem e pode gerar diversos problemas na saúde animal, como na raça Border collie.

    Dentro desse contexto, para melhor eficiência e custo/benefício, visando a cinofilia para atingir a maior variedade de clientes e o bem estar animal, é necessário fazer uso de ferramentas genéticas que auxiliam no processo de criação de raças com pelagem merle sem que haja perda na produção ou futuros problemas médicos para os tutores financiarem. Dessa forma, para ter um controle em criadouros, evitar o cruzamento de merle/merle que gere um homozigoto dominante (MM) ou double marle, e ter o melhor direcionamento de uso dessas ferramentas, primeiro, deve ser separado os cães reprodutores do criadouro em dois grandes grupos: cães com o genótipo merle e cães sem o genótipo merle, para que os critérios de avaliação sejam mais otimizados.

    Para isso, os fatores observados são de características de herança simples, já que estes possuem fenótipos bem característicos, como a presença de heterocromia (um olho de cada cor entre azul e marrom, ou mais de uma cor no mesmo olho), ambos os olhos castanhos ou ambos os olhos azuis e pelagem marmorizada (podem variar em blue merle e red merle na raça Border collie). Sendo separados, as ferramentas são melhores direcionadas a cada grupo e subgrupo a fim de obter resultados precisos geneticamente de antes e depois do cruzamento.

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    Figura 5 - Possibilidades de cruzamentos

    Fonte: Genética canina – a escolha de um cão

    4.1 Seleção Artificial

    O uso dessa ferramenta resulta na separação dos cães reprodutores visualmente, já que o gene “M” apresenta fenótipos específicos que possam distinguir os merle (single marle e double merle) de não-merle (normais). Os critérios usados nessa ferramenta são heterocromia, ambos os olhos azuis ou marrons e áreas de coloração distintas, que pode incluir pele, focinho e coxins: como áreas normais, áreas brancas (despigmentada), áreas coloridas de maneira sólida ou lisa (pretas, marrom ou cinza) e áreas de coloração diluída ou diluídas e misturadas (similar a mármore).

    Com essa separação, o grupo marle pode ser ainda subdividido em mais dois grupos macroscopicamente: simples marle (Mm) ou duplo marle (MM). Essa separação se dá na maior presença de fenótipos do locus M, como, por exemplo, cães homozigotos (MM) tem a tendência ocular de possuírem ambos os olhos azuis e ausência de pigmentação nas orelhas e grande parte do rosto, e terem coxins e focinhos rosados. Enquanto os heterozigóticos (Mm) possuem maiores tendências a terem olhos castanhos ou heterocromáticos e áreas de pigmentação sólida ou lisa e

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    diluída e misturadas, como observado em um estudo feito pela ACVIM (American College of Veterinary Internal Medicine), já que as áreas de pigmentação geralmente não se associam a problemas de ouvidos ou oftalmológicos, sendo essa mais uma característica de Merle heterozigoto (Mm) do que aqueles cães de duplo marle (MM).

    Já em cães não-marle que não possuem pedigree bem definido ou que o criadouro esteja em dúvida sobre o cruzamento de um marle com um cão que não possui histórico genético ou histórico genético duvidoso, podem optar em fazer um exame de teste genético chamado MARLE, visto que existem genes epistáticos que são capazes de inibir o gene merle (marle oculto), ou seja cães de pelagem normal, culminando, portanto, em cruzamento de marle/marle.

    Assim, a cada divisão, a porcentagem de um possível cruzamento que resulte em genótipo marle homozigoto diminui, mas esse critério não deve ser feito de maneira única e excludente, ele deve ser sempre associado a outras ferramentas genéticas que obtenha resultados precisos nas variações de merle (homozigotos e heterozigotos), não-merle e marle oculto.

    4.2 Teste Genético simples MARLE

    A finalidade desse exame é comprovar se existe o gene “M” em um cão ou não, assim podendo separar grupos não-merle de merle, mas esse exame não inclui a distinção de merle homozigoto e heterozigoto. Ou seja, é mais válido para detectar se não existe a possibilidade de merle oculto em um cão sem pedigree ou de pedigree duvidoso devido aos genes epistáticos, como ocorrem em cães vermelhos ou vermelhos-claro recessivos que apensar de não desenvolver problemas de saúde, contém o gene, mas isso não é averiguado ou registrado corretamente.

    Dessa maneira, esse exame é um tipo de exame genético sorológico coletado em EDTA refrigerado e de baixo custo que assegura o não cruzamento de dois portadores (heterozigotos Mm) que gera uma probabilidade de 25% de duplo Merle (MM). Assim, é recomendável que um cão Merle seja colocado na reprodução apenas com um não Merle, esse teste genético para o gene Merle auxilia a evitar cruzamentos entre animais portadores. Caso seja necessária a distinção, existem outros exames como o exame de DNA e marcador molecular.

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    4.3 Exame de DNA Merle

    É um exame desenvolvido recentemente que permite averiguar as demais variantes genéticas que determinam diferentes tipos de pelagem merle que podem ser aparentes ou não, além do gene dominante “M” que determina a coloração merle e o gene recessivo “m” que determina a pelagem sólida, foi comprovado cientificamente que para ser merle o padrão gênico não necessariamente precisa ter apenas os alelos dominantes ou o alelo dominante com o par recessivo, basta possuir apenas o alelo dominante para expressar a genotipagem. Assim, esse exame permite identificar a combinação com o segundo gene do par que acompanha o dominante.

    Isso foi explorado e desenvolvido porque alguns criadouros foram surpreendidos com o nascimento de filhote merle (Mm) a partir de um casal não merle de pelagem aparentemente sólida, isso ocorre devido o merle críptico, merle fantasma ou merle oculto, que se apresentam em genitores que contêm o gene epistático que oculta a expressão fenotípica do merle. Portanto e a única maneira segura de ter certeza se um animal aparentemente não merle possui algum ‘gene’ para merle é através desse exame de DNA

    Este exame detectou sete diferentes tipos genéticos no gene M, além dos dois (“M” e “m”), já conhecidos. Estes são denominados m, Mc, Mc+, Ma, Ma+, M e Mh. Os ‘genes’ m, Mc e Mc+ determinam pelagens de coloração sólida (não merle), M e Mh determinam pelagens merle com diferentes quantidades de branco, e os ‘genes’ Ma e Ma+ determinam pelagens similares a merle (colorações diluídas e não muito definidas, parecidas com o merle). Como cada animal possui sempre dois alelos (paterno e materno), são possíveis no teste de DNA 28 diferentes resultados, e é o resultado da combinação de ambos que irá determinar a cor do animal. Além disto, foi descoberto que cães podem ser mosaicos para estes alelos, podendo apresentar diferentes combinações em diferentes células. Desta forma, o teste de DNA poderá mostrar mais de ‘genes’ diferentes.

    4.4 Teste BAER

    Também existem ferramentas que podem ser utilizadas após o nascimento como forma de verificar se a característica da surdez foi herdada pelo cão, pois mesmo não sendo homozigoto (MM) geneticamente a raça ainda possui uma taxa de 5% de herdar alguma deficiência.

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    O teste consiste em verificar a audição de um cão. Ele analisa a reação cerebral a ruídos, é realizado com 3 pequenos eletrodos que serão colocados na frente da orelha, centro da testa e topo da cabeça, além disso, um fone de ouvido com inserção de espuma é colocado na orelha, testando assim cada orelha separadamente, levando em média de 10 a 15 minutos para ser realizado. Isso permitirá reconhecer não somente se há um problema auditivo, mas também em que grau e em que área ele se encontra.

    A melhor idade para realizar o exame é em torno de 6 semanas de vida, que é após os canais auditivos estarem completamente aberto e o animal está em desenvolvimento e responde melhor a socializações, porém, o teste BAER pode ser realizado em qualquer etapa da vida do animal.

    Os criadores podem usar os resultados deste teste para selecionar para reprodução os cães não afetados e assim reduzir o risco de criar cães que sofram de problemas auditivos. Com resultados satisfatórios no exame o criador pode registrar um pré-histórico do animal e encarecer a sua venda.

    4.5 Exame CERF

    O propósito do exame CERF é detectar doenças oculares genéticas que podem causar cegueira, devendo ser realizado uma vez ao ano. A realização periódica do exame garante a verificação do bom funcionamento ocular.

    Se o seu cão foi aprovado no exame CERF, o que significa que está livre de doenças oculares genéticas, o criador ou tutor receberá um número de certificado oficial do Eye Certification Registry.

    Com isso, o criador pode ter um certificado de que o cão não apresenta nenhuma doença ocular genética, podendo ter um comprovante para apresentar a futuros compradores ou para fazer novos cruzamentos.

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    5 DESCARTE PARA PROGENITORES E PROGÊNIES

    Border collies tem centenas de anos de criação seletiva que causaram impacto nesta raça. Altas taxas de portadores de certos distúrbios genéticos, bem como taxas mais baixas de outros distúrbios, requerem testes de DNA para prevenir a incidência da doença. Existem testes de DNA disponíveis para Border Collie como Teste MERLE, CEA, NCL e TNS. Exceto para distúrbios, os loci da cor da pelagem (locus A, locus B, locus D, locus E, locus M e locus S) também podem ser testados, o que permite a previsão da cor futura da pelagem.

    Para evitar estas condições relacionadas à pelagem merle, cães homozigotos devem ser retirados de reprodução, sendo esterilizados, e cruzamentos entre heterozigotos para Merle não devem ser realizados. Como resultado do cruzamento entre dois animais de pelagem merle, há a possibilidade da geração de filhotes portadores da síndrome do duplo merle, cuja condição é associada a uma série de patologias concomitantes como surdez, cegueira, esterilidade entre outras, que podem ser incompatíveis com a vida.

    Kennels não devem aceitar registros para cães de cor merle sem evidências documentadas da cor na linhagem familiar, de forma a evitar o aparecimento de cães homozigotos.

    Outro caso como da Collie Eye Anomaly – CEA, por se tratar de uma doença hereditária autossômica recessiva, é fundamental que estes animais sejam excluídos da linha de reprodução. Lembrando, assim, que devemos considerar também outras doenças genéticas para descarte, como a Luxação primária da lente, displasia coxofemoral, neoplasias, cardiopatias, síndrome do neutrófilos presos, entre muitas outras, que também podem ser detectadas por outros exames genéticos. Ainda pode se levar em conta para descarte características como diâmetro escrotal e exame andrológico para padreadores.

    Concluímos que os critérios de seleção e o descarte de animais dessa raça exigem análise de diversas características genéticas, e a coloração merle trouxe mais uma preocupação e rigor quando pensamos em melhoramento genético.

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    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    MURPHY, S. CLARK, L. The genetics of merle coat patterns in dogs. 2018. Disponível em: <https://blogs.biomedcentral.com/on-biology/2018/08/03/the-genetics- of-merle-coatpatterns-in-dogs/> Acesso em 18 de abril de 2022.

    DOGGENETICS. Introduction to the merle gene. Disponível em: <http://www.doggenetics.co.uk/merle.html#intro> Acesso em 18 de abril de 2022.

    CLARK, L. WAHL, J. REES, C. MURPHY K. Retrotransposon insertion in SILV is

    responsible for merle patterning of the domestic dog. 2006. Disponível em: <https://www.pnas.org/doi/10.1073/pnas.0506940103> Acesso em 17 de abril de 2022.

    PLATT, S. FREEMAN, J. STEFANI, A. WIECZOREK, L . HENLEY, W. Prevalence of Unilateral and Bilateral Deafness in Border Collies and Association with Phenotype. J Vet Intern Med. 2006;20:1355–1362. Disponível em: <https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/j.1939-1676.2006.tb00751.x>. Acesso em 17 de abril de 2002.

    STRAIN, George M. Prevalência de Surdez em Cães Heterozigotos ou Homozigotos para o Alelo Merle. V. 23, ed 2. Departamento de Ciências Biomédicas Comparadas, Escola de Medicina Veterinária, Louisiana State University. Disponível em <https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1939-1676.2008.0257.x>. Acesso em 16 de abril de 2022

    Canil Avalon Land. Cães merle – a verdade por trás de uma cor. Disponível em <https://canilavalonland.blogspot.com/2017/03/caes-merle-verdade-por-tras-de- umacor.html>. Acesso em 16 de abril de 2022.

    Genética Canina. A era dos exames de DNA na cinofilia. Disponível em <https://www.geneticacanina.com/dna-na-cinofilia-4>. Acesso em 17 de abril de 2022.

    Genética Canina. Exames de DNA para a cor merle. Disponível em <https://www.geneticacanina.com/problemas-em-merles-3> Acesso em 17 de abril de 2022.

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    Patas Casa. Border Collie merle: qual a explicação genética para o nascimento de cães com essa característica Disponível em <https://www.patasdacasa.com.br/noticia/border-collie-merle-qual-a- explicacaogenetica-para-o-nascimento-de-caes-com-essa-caracteristica_a3852/1> Acesso em 18 de abril de 2022.

    LDMVET. Testes genéticos: canino. Disponível em <https://www.ldmvet.com.br/testegenetico_p.php?especie=2>. Acesso em 18 de abril de 2022

    Diario do liroral. Artigo – Teste BEAR para surdez em cães. Disponível em <https://www.diariodolitoral.com.br/artigo/artigo-teste-baer-para-surdez- emcaes/149716/>. Acesso em 19 de abril de 2022.

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