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A criança e suas brincadeiras

A criança e suas brincadeiras
Glaucielle Nunes de Oliveira

Monografia apresentada à Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Psicologia. Ano 2005
  
No presente capítulo será abordada a relação existente entre o convívio com cães e o comportamento das crianças durante as suas brincadeiras, tendo como foco a averiguação de indícios de agressividade nas brincadeiras daquelas que não convivem com esses animais. Teremos como base as entrevistas realizadas com os pais no decorrer da pesquisa.           

A importância dessa ênfase para a psicologia ocorre em razão da terapia com cães auxiliar no tratamento de crianças que apresentam comportamentos agressivos, pois o convívio com cães ajuda a minimizar a agressividade. Foi solicitado aos pais que falassem sobre as brincadeiras dos filhos. Dos pais de crianças que não convivem com cães, 2 (dois) responderam que seus filhos são calmos quando estão brincando. Outros 2 (dois) disseram que as brincadeiras são agressivas e 1 (um) falou que seu filho é muito arteiro. “Depois que ele passou a ir jogar vídeo game na casa dos coleguinhas e do flipperama que tem aqui perto de casa, gosta muito de luta sabe; a brincadeira dele ultimamente tem sido negócio de luta,eu até prefiro evitar que ele assista isso na televisão, mas acontece que vai na casa do colega dele aí acaba vendo isso... ta gostando muito de brincar é de luta e eu não to gostando nada disso.” [10] “... brincadeiras assim de...luta, de super-herói de televisão e tal, então ele já começa, por exemplo assim, quer dar chute, não sei o que, maldosinho também, que às vezes passa o priminho, bota o pezinho na frente, aí eu fico meio sigilosa com ele, porque se não... ele tem umas brincadeiras meio maldosa, tem que ficar de olho se não...”[11]  

Em reportagem sobre os benefícios da interação com animais, o adestrador Denis Martin (apud BICHOS...,2003), da Universidade de Southamptom na Inglaterra, enfatiza que o simples ato de fazer carinho em um cachorro ajuda a eliminar a carga elétrica proveniente da tensão e conseqüentemente diminui a agressividade. Os pêlos dos animais agem como condutores de energia, e isso não afeta o animal de forma negativa. Ele não absorve essa carga de tensão. Apenas serve como um meio para seu dono liberá-la.[12]

Gonski (1985 apud GOLDEN, 2004), determinou que a interação com cães também ajuda a crianças a aprenderem que comportamentos sociais são aceitos, baseados nos limites colocados em uma situação de relacionamento. O cão serve basicamente como um modelo para criança praticar habilidades sociais apropriadas e adaptativas. Uma criança agressiva pode aprender a treinar um cão usando apenas reforço positivo. Pode aprender a fazer com que outro ser vivo faça o que ela quer, apenas com carinho e recompensa.[13]           

Já em relação aos pais de crianças que convivem com cães, 4 (quatro) responderam que as brincadeiras são calmas e apenas 1 (um) disse que tem observado um pouco de agressividade nas brincadeiras.

Os tradicionais animais de estimação desempenham um papel insubstituível ao servirem de confidentes, de companheiros de brincadeiras e jogos, e ao dispensarem o seu incondicional afeto eles atuam positivamente no desenvolvimento da criança. É igualmente importante mencionar o efeito benéfico e calmante proporcionado pela pelagem de certos animais que ao tato se assemelha às texturas reconfortantes. [14]

De acordo com BECKER (2003) os animais oferecem à criança uma maneira de experimentar o mundo físico e social. Alguns animais são macios e reagem ao toque. Assim a espontaneidade da interação faz com que as crianças tentem e tentem de novo, de uma maneira que nenhum programa de televisão, vídeo game ou brinquedo de plástico jamais poderia conseguir.“... o cachorro pra ele... parece mais um irmão. Tudo que vai brincar carrega o cachorro, tem que ter esse cachorro; bota saia no cachorro (risos), bota roupa no cachorro...”[15]              

BECKER (2003, p. 50) enfatiza que: A criança e o bicho de estimação formam  seu  mundo  de  segredos,    que nunca serão traídos. Há longas sessões de diversão em que nenhum dos dois pensa em qualquer outra coisa. Quando funciona, pode ser uma grande fonte de estabilidade emocional e autoconfiança para as crianças. Torna-se  também a base para um caráter mais maduro. Em estudos realizados no Japão e na Austrália, os professores relataram que as crianças que tinham mais intimidade com animais apresentavam índices mais altos de liderança e altruísmo.             

Nossa afinidade com os animais é inata, mas nossa cultura também programa essa reação. Desde o momento em que a criança tem idade suficiente para acompanhar uma história, os protagonistas de seus livros são quase sempre animais. A criança também vê os animais como heróis na televisão, nos desenhos animados e vídeo games, nos brinquedos, no cinema. (BECKER, 2003, p.44)            

Além disso, os pais podem ficar absorvidos demais no frenesi da vida cotidiana para proporcionar aos filhos toda a atenção que eles precisam. No entanto, um bicho de estimação sempre lhes dará atenção e terá tempo para brincar com eles.           

Quando interrogados sobre o relacionamento do filho com outras crianças, 2 (dois) pais de crianças que não têm cães em casa responderam que seus filhos são os líderes da turma. Outros 2 (dois) responderam que seus filhos gostam de brincar com outras crianças, mas são egocêntricos; e 1 (um) respondeu que seu filho gosta de brincar com os amigos. “Nessa fase assim, a criança é meio egocêntrica né, então o que ta com um o outro quer, é aquela confusão, tudo é em torno, tudo é dele né, então pra dividir é meio complicado.”[16]             

Quando os animais interagem com as crianças, seus sinais são bastante claros. A compreensão de que há uma criatura com sentimentos diferentes afasta as crianças de seu ponto de vista egocêntrico. A compreensão dessa diferença é a base do desenvolvimento da personalidade. Quando convivem com animais as pessoas tornam-se mais sociáveis, interagindo melhor com outras pessoas (BECKER, 2003).           

Entre os pais de crianças que têm cães em casa, 4 (quatro) disseram que seus filhos gostam de brincar com outras crianças, enquanto apenas 1 (um) comentou que seu filho é um pouco egoísta.  

SAIBA MAIS:


 

  • CÃES    F:55 011 9386 8744 
  • GATOS F:55 011 8485 4545
  • GERAL  F:55 011 4684 1047


 

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