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Evolução do Cão

A evidência genética

Na última década, pesquisas genéticas se tornaram mais importantes do que estudos de fósseis e comparações de comportamentos de lobos, cães, coiotes e chacais, no sentido de analisar a origem do cachorro doméstico.

"Já existe bastante evidência genética de que a origem dos cães domésticos está no lobo cinzento", afirma o especialista em veterinária genética, Niels Pedersen, da Universidade da Califórnia, em Davis. Um artigo publicado em 1997 na revista Science sugeriu que os cães (Canis familiaris) são lobos cinzentos (Canis lupus) com umas poucas diferenças genéticas. Segundo o artigo, a data da domesticação do lobo foi por volta de 135 mil anos atrás.

Mas, rastrear a evidência genética da origem de uma espécie é uma tarefa que apresenta alguns problemas, começando por uma perda de credibilidade quanto a tais estudos, que vem sendo observada nos últimos cinco anos. Por exemplo, diferentes estudos genéticos não chegam a um acordo sobre se o lobo vermelho, nativo da América do Norte, é uma espécie genuína ou, simplesmente, um híbrido de lobo cinzento com coiote.

Para aumentar ainda mais a confusão, existe o fato de que cães, coiotes, lobos e chacais são, todos eles, capazes de se intercruzar, afirma o geneticista molecular C. William Kilpatrick, da Universidade de Vermont-Burlington. Sem dúvida todos eles se intercruzaram no passado e continuam a fazê-lo. Mesmo assim, Kilpatrick concorda com vários especialistas, ao dizer que as provas de vínculo genético entre o cão e o lobo cinzento são "enormes".

No que diz respeito aos fósseis, o quadro é mais nebuloso. Os primeiro cães, ou "canídeos", emergiram nos registros fósseis cerca de 37 milhões de anos atrás. Os ossos mais antigos de criaturas dotadas de características típicas dos cães modernos, como, por exemplo, órbitas oculares arredondadas, têm 14 mil anos de idade.

Pesquisadores que publicaram um trabalho na revista Science, liderados por Carles Vila, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, sugeriram que os cães se assemelhavam aos lobos, apesar das suas diferenças genéticas, até que os seres humanos deixassem de ser nômades e se estabelecessem em comunidades rurais, quando começaram a criar variedades específicas de animais para atender a diversas finalidades. Mas os biólogos Raymond e Lorna Coppinger, da Universidade Hampshire, em Amherst, Massachusetts, autores do livro "Dogs: A Startling New Understanding of Canine Origin, Behavior & Evolution" ("Cães: Uma Nova e Surpreendente Compreensão da Origem, Evolução e Comportamento Caninos"), lançado no ano passado, sugere uma explicação mais razoável: os cães teriam simplesmente se originado, há pouco mais de dez mil anos, nas aldeias rurais, comendo lixo e animais daninhos nesses locais. Os animais que vivem como carniceiros não precisam ser dotados das mesmas características físicas daqueles que caçam suas presas.

Segundo os Coppinger, ao invés de servirem como servos e animais domésticos, os cães teriam sido essencialmente os lixeiros primitivos do homem. Com o passar do tempo, eles passaram a ver nos humanos um meio de obter refeições regularmente. Assim, atualmente há mais de 50 milhões de cães nos Estados Unidos.

As diferenças comportamentais

Embora os lobos cinzentos e os cães compartilhem indubitavelmente várias características, aqueles que criticam a idéia de que há um vínculo entre as espécies apontam muitas vezes para as diferenças comportamentais entre elas, no que tange ao temperamento, à timidez e à sociabilidade.

Koler-Matznick argumenta que, sob o ponto de vista do temperamento, o lobo cinzento consiste em uma precária matéria-prima para domesticação. Ainda com as atuais guias, cercas, artefatos de treinamento e petiscos caninos, é difícil conseguir que um lobo faça muita coisa: "É por isso que não é comum que se veja lobos atuando em circos".

Em um artigo sobre as origens do cão, publicado em 15 de setembro na revista inglesa de zoologia, Anthrozovs, Koler-Matznick argumenta que, ao invés de ter no lobo cinzento o seu único ancestral, o atual cão doméstico provavelmente descende de cães selvagens menores. Ela cita os cães cantores da Nova Guiné, que ajuda a preservar, como prováveis ancestrais do atual cão de colo. Os cães cantores têm esse nome porque costumam uivar em conjunto, seguindo as mesmas notas, subindo e descendo a escala musical. Sem medo do ser humano e mansos, os cães cantores vivem próximos ao homem, mas fora das vilas, assim como outros "cães párias", os dholes, da Índia e o dingo, da Austrália. Segundo ela, tais criaturas seriam muito mais facilmente domesticáveis do que o lobo cinzento.

O zoólogo I. Lehr Brisbin Jr, do Laboratório Ecológico Savannah River, em Aiken, Carolina do Sul, diz que o cão cantor e outros cães selvagens representam pequenos nichos dos mais primitivos cães existentes no mundo.

Kilpatrick rebate esses argumentos, dizendo que as diferenças comportamentais entre os atuais lobos cinzentos e cães podem não ser sequer relacionadas aos genes. Em vez disso, a disponibilidade de um vasto conjunto de subespécies de loboque teria originado o cão pode explicar as diferenças. Subespécies do lobo cinzento, como o lobo arábico (Canis lupus arabs), podem ter optado por refeições gratuitas há muito tempo, o que teria feito deles possíveis candidatos para progenitores dos cães.

No entanto, o ancestral comum de cães e lobos não existe mais, para que se coloque um fim às polêmicas, afirma George Happ, da Universidade do Alasca. "Saber se o ancestral de ambos deveria ser chamado de cão-lobo, lobo-cão, ou de "canídeo generalizado" é, na minha humilde opinião, uma questão teológica improdutiva e desinteressante".

Mas a origem do cão pode ser importante para donos desses bichos de estimação que tentam decidir qual é a melhor maneira de treinar os seus companheiros de quatro patas. Os guias de treinamento enfatizam, em geral, as origens do cão como partindo do lobo, dizendo aos donos que estes precisam se tornar os "cães alfa", a fim de que os seus cachorros os obedeçam.

Mas os Coppinger argumentam que, o fato de ver os cães como descendentes de criaturas mais cooperativas, um "proto-cão", ao invés de um lobo cinzento, poderia contribuir para que nos relacionássemos melhor com os nossos cachorros. Filhotes de cães e de lobos se desenvolvem de maneiras muito diferentes, para dar um exemplo. As pessoas agiriam de forma mais sábia ao criar vínculos com cães de menos de 16 semanas de idade, argumentam os Coppinger, do que ao tentar encontrar a raça "certa", a fim de dominá-la e reduzi-la à servidão.

 

 

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